quarta-feira, 3 de abril de 2013

Santo Inácio do Piauí: Santo Inácio de Loyola-"Sua Vida sua Obra"

Santo Inácio do Piauí: Santo Inácio de Loyola-"Sua Vida sua Obra"

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Qual o nome desta praça?? alguem sabe??

SUA PREFEITURA

                                                 Prefeitura Municipal de Santo Inácio do Piauí

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

POR QUE NÃO CRIAR TAMBÉM O ESTADO DO GURGUEIA?

Sobre a recente aprovação dos projetos autorizando os plebiscitos para criação dos novos estados de Carajás e Tapajós, o ex-deputado Jesualdo Cavalcanti Barros, atualmente presidente do Centro de Estudos e Debates do Gurgueia (CEDEG), escreveu o seguinte:




Imagem: ReproduçãoResultaria, de um lado, na duplicação dos recursos e, de outro, na divisão das despesas, tornando-o um Estado economicamente viável e geograficamente integrado.(Imagem:Reprodução)GURGUEIA:


Resultaria na duplicação dos recursos e na divisão das despesas, tornando-o viável economicamente
O Pará, se tiver juízo, certamente está em festa. Pois a Câmara dos Deputados aprovou, quinta-feira última, os projetos de decretos legislativos autorizando a realização de plebiscitos com vistas ao desmembramento do território paraense em três unidades federativas. Continuaria o Pará, porém bem menor, e seriam criados os Estados de Carajás e de Tapajós.

Já aprovados pelo Senado numa articulação competente da bancada paraense, a ele retornará o projeto do Tapajós para apreciação das modificações que a Câmara fez no texto. O de Carajás, por sua vez, será promulgado pelo Congresso nos próximos dias. Na consulta popular a ter lugar dentro de seis meses, serão ouvidas as populações diretamente interessadas, isto é, tanto a residente na área remanescente do Pará que continuará Estado, quanto as residentes nos territórios a serem desmembrados, nos termos da Lei nº 9.709, de 1998.

Redividir territórios muito grandes ou mal configurados, tais como os do Pará e do Piauí, significa racionalizar a administração e democratizar o poder. Isto é, buscar a eficácia ao colocar as ações do governo o mais próximo possível das populações. No Piauí temos um precedente bastante elucidativo. Com efeito, foi a emancipação de 106 comunidades municipais na década de 1990, processo que tive a honra de deslanchar quando exercia a presidência da Assembleia Legislativa, que praticamente acabou com o coronelismo no Piauí. Se essas comunidades tivessem continuado isoladas em seus povoados, recebendo migalhas dos prefeitos e sob o domínio de cabos eleitorais a serviço de velhos coronéis, jamais se teriam transformado nas florescentes cidades que hoje conhecemos. Não há negar: apesar dos desperdícios e da corrupção, infelizmente alimentados pelo cancro da reeleição, ganharam melhor qualidade de vida, exibindo saudável aspecto urbano e razoável atendimento em saúde, educação, estradas, eletrificação etc. O que resulta em incorporar áreas e populações marginalizadas em nosso processo de desenvolvimento.

O Piauí, que vem empalmando a luta pela redivisão territorial do Brasil desde 1990, quando lancei, na qualidade de seu representante na Câmara dos Deputados, a ideia de criação do Estado do Gurgueia, corre o risco de ficar para trás. De perder mais uma vez o bonde da história. De fato, se as suas lideranças não se derem conta, poderá ocorrer aquilo que eu sempre temi: a criação de outros Estados que não o do Gurgueia, e assim passaríamos a pagar a conta sem compensação alguma. Daí a pergunta que não pode calar: o que estão fazendo os dez deputados federais e os três senadores do Piauí para apressar a aprovação de nosso plebiscito? Sobretudo os deputados Paes Landim e Júlio César, autores, respectivamente, do projeto e do substitutivo em tramitação na Câmara, já aprovados por três comissões técnicas? E o senador João Vicente Claudino, que em boa hora apresentou idêntico projeto no Senado, já analisado e aprovado por dois relatores, mas cujos pareceres sequer foram submetidos ao plenário da Comissão de Constituição e Justiça? E o irrequieto governador Wilson Martins, que por várias vezes se manifestou favorável ao projeto, pelo menos durante a última campanha eleitoral?

Que se movimentem, então! Afinal, o problema nº 1 do Piauí, historicamente, continua sendo essa irritante falta de recursos, que paralisa, imobiliza, retarda ou destrói qualquer iniciativa transformadora. Eis a verdade por todos reconhecida: o Piauí carece de recursos para investir, de modo a aproveitar adequadamente as suas imensas potencialidades em termos de solo, sol e água. Dessa penúria humilhante decorrem os demais problemas. Envolto no círculo vicioso da pobreza, o Estado não investe porque não tem e não tem porque não investe. Quando arranja o dinheiro para executar a obra, de outro não dispõe para fazê-la funcionar, mantê-la ou conservá-la. Daí o monturo de obras inacabadas e, se concluídas, quase sempre imprestáveis. É o eterno rem-rem, a cantilena de sempre.

A emancipação do Gurgueia, envolvendo 87 municípios e pouco mais de 20% da população, livraria o Piauí desse pesado fardo. Resultaria, de um lado, na duplicação dos recursos e, de outro, na divisão das despesas, tornando-o um Estado economicamente viável e geograficamente integrado. Os exemplos de Goiás e Mato Grosso são emblemáticos. Em 1927, segundo dados estatísticos publicados pelo governo federal, Piauí, Goiás e Mato Grosso arrecadavam as menores receitas entre os 20 Estados brasileiros existentes. Ocupavam, pois, a 20ª, 19ª e 18ª posições. Passados cerca de oitenta anos, o Piauí continuou a exibir a menor arrecadação entre eles, enquanto que os Estados que se dividiram, ou seja, Goiás/Tocantins e Mato Grosso/Mato Grosso do Sul, somados, saltaram para a 7ª e 9ª posições. Isto é, invertendo aquele diabólico círculo, colocaram-se entre os mais ricos, na boa companhia de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Paraná e Pernambuco.

Há quem pense que, uma vez emancipado o Gurgueia, os recursos atualmente atribuídos ao Piauí seriam repartidos entre os dois. Se assim fosse, eu seria o primeiro a combater a ideia, embora gurgueiano, pois dividir a pobreza não nos levaria a lugar nenhum. Tal não ocorre, contudo. Neste caso, dividir é somar, eis que os Estados participam das receitas arrecadadas pela União segundo determinados critérios, dentre os quais o de receber mais quem apresentar os piores indicadores sociais e econômicos de pobreza. O total arrecadado é dividido pelo número de unidades existentes, ou seja, pelas atuais 27 (26 Estados e o Distrito Federal). Criado mais um, a divisão será feita entre 28 e assim por diante. Fica claro, portanto, que a cada criação de novo Estado corresponderá nova repartição. Dessa forma, o quinhão que caberá ao novo Estado resultará de uma pequena redução dos recursos de todos os demais.

Imagem: ReproduçãoClique para ampliarJESUALDO:    "Para não perder o bonde da História"
Se criado o Gurgueia, como esperamos ardentemente, o quinhão que vier a receber passará a responder pelos encargos hoje suportados exclusivamente pelo Piauí quanto àquela distante e difícil região. Para começo de conversa, cerca de 20 mil servidores públicos deixariam a folha de pagamento do Piauí e ingressariam na do Gurgueia. Por outro lado, o novo Estado, durante os primeiros dez anos, a despesa com pessoal não poderá ultrapassar 50% de suas receitas. Para tanto, a própria Constituição federal (art. 235) impôs rígidos limites: máximo de dez secretarias, sete desembargadores do Tribunal de Justiça, três conselheiros do Tribunal de Contas e 17 ou 24 deputados estaduais, conforme a população. Com isso desviará das garras da burocracia para investimentos produtivos mais de 10 bilhões de reais. Dinheiro suficiente para recuperar e ampliar a sua infraestrutura e realizar sua política de desenvolvimento, ditada pelas prioridades que escolher. Como ocorreu no Tocantins, hoje um Estado salpicado de obras estruturantes e tocado por um dinamismo econômico sem igual. Um exemplo: enquanto o Piauí discute a construção de hidrelétricas no rio Parnaíba, lá já foram inauguradas três. E outras estão em construção.

Para quem ache que o Piauí perderá considerável receita com o desmembramento dos Cerrados, diria que o governo gasta no Gurgueia muito mais do que arrecada. O ICMS lá gerado representa menos de 5% do total arrecadado no Estado, para uma despesa em torno de 20% do orçamento estadual. E, a despeito de esforços consideráveis de governos e de particulares, muita coisa está por fazer, à espera de recursos que não existem nem chegam. Daí a conclusão inescapável: só a emancipação do Gurgueia salvará o Piauí.

O professor Pádua Ramos, homem de muita sabedoria, embora sua reconhecida timidez não lhe permita enxergar saídas mais audaciosas para o Piauí, queixava-se há pouco de que o Estado sofre os efeitos do fenômeno da satelitização. Não dispondo de projeto próprio de desenvolvimento, concebido a partir de suas necessidades e interesses, os investimentos federais aqui são feitos para atender conveniências de outros, regionais ou nacionais. Pois bem, depois de tantas utopias e frustrações, a emancipação do Gurgueia emerge como o mais consistente projeto de desenvolvimento sustentável do Piauí para o Piauí, pois concebido em consonância com os reais interesses do Estado e por piauienses que, indignados, não se conformam com o império da pobreza na terra de Canaã.

Repito aqui o que tenho dito nos últimos 21 anos de luta pela criação do Estado do Gurgueia: “Sei que o assunto é explosivo, que causa toda sorte de reações, inclusive indignação. Isso é bom, pois só acredito que uma sociedade seja capaz de encontrar saída para os seus problemas quando ela ainda é capaz de indignar-se.”
Fonte: http://www.gurgueia.org.br

terça-feira, 10 de maio de 2011

"Queda do veto do Pré-sal representa R$ 8 bilhões para prefeituras de todo Brasil

O Deputado Federal Júlio César anunciou para prefeitos de todo o Brasil durante a abertura da XIV Marcha a Brasília em defesa dos municípios, ocorrida na manhã desta terça-feira (10), que está encabeçando um movimento pela derrubada do veto ao projeto de lei nº 8051/2010, que trata da partilha dos royalties do pré-sal.
O parlamentar distribuiu aos gestores municipais presentes ao evento cópias do requerimento de sua autoria solicitando urgência para apreciação do veto em sessão conjunta do Congresso Nacional. O documento é assinado por líderes que representam 46 parlamentares do Senado Federal e 275 membros da Câmara dos Deputados.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski - que concedeu palavra ao deputado piauiense para explicar o trâmite da matéria no Congresso -, a deliberação sobre o veto à partilha dos royalties do petróleo e a regulação da Emenda Constitucional 29 são tratados como principais prioridades dos prefeitos no Legislativo brasileiro.
Para atender a essa necessidade dos municípios, Júlio César garantiu que está mobilizando seus pares. “Pautada a votação deste requerimento, e sendo o veto derrubado, afirmo aos prefeitos aqui presentes que ainda este mês o dinheiro cairá na conta. A queda desse veto representa um montante adicional de R$ 8 bilhões na conta das prefeituras brasileiras”, disse Júlio César durante sua fala ao discursar no encontro, ocorrido no Royal Tulip Brasília Alvorada.
Isso por que pelas novas regras da partilha, dos R$ 27 bilhões arrecadados com royalties do pré-sal, 40% fica com a União, e os outros 60% é dividido meio a meio entre estados e municípios.

Audiência com José Sarney.

O Deputado Federal Júlio César, liderando uma comitiva de parlamentares, pediu ao presidente do Senado, José Sarney, para que colocasse em pauta na reunião do Congresso Nacional, a ocorrer às 12 horas desta quarta-feira (11), o requerimento solicitando urgência do veto. A audiência com o presidente do Congresso Nacional ocorreu durante a tarde.
O Deputado também foi ao plenário da Casa distribuir aos senadores o requerimento com a assinatura dos líderes solicitando que o veto fosse colocado em pauta imediatamente. “É uma forma de pressionar”, pontuou o deputado piauiense.

FONTE: Redação gp1.


domingo, 18 de julho de 2010

Santo Inácio de Loyola-"Sua Vida sua Obra"

IÑIGO Lopes de Loyola, o futuro Santo Inácio, nasceu em 1491. Não se sabe o dia nem o mês; presume-se, porém, que tenha sido por volta de 1º de junho, festa de Santo Iñigo, Abade de Oña (Burgos) pelo fato de o terem batizado com esse nome.
O pai de Inácio, seu irmão Martín e a esposa deste, Madalena de Araoz, foram os que cuidaram da educação de Inácio, que desde cedo deve ter entendido que, sendo o último de uma família tão prolífica, ia ter de construir o seu próprio futuro. Assim o entenderam também seus outros irmãos que foram fazer fortuna na milícia (como Beltrán e Ochoa) ou na América (como Hermando) ou na Igreja (como Pedro, que era sacerdote).Inácio entrega sua espada, para se tornar um soldado do Cristo
Iñigo recebeu a tonsura sendo ainda quase adolescente, tornando-se, então, clérigo de "Ordens Menores". Destarte, poderia receber um benefício eclesiástico, de caráter econômico, vinculado a esta condição e título. Vê-se, entretanto, pelo processo aberto contra ele em Pamplona, que seu comportamento deixava muito a desejar. Das atas desse processo se deduz que seus costumes, seu modo de divertir-se e seu penteado estavam longe de ser os de um "homem de Igreja".
O jovem cavaleiro
Com quinze ou dezesseis anos, Iñigo foi completar sua educação em Arévalo (hoje na Província de Ávila), na casa de Don Juan Velázquez, Contador-Mor do reino de Castela. Como era amigo do pai de Iñigo, ofereceu-se para acolher, como mais um filho seu, o caçula dos Loyolas.
O adolescente deve ter se sentido ali como em sua própria casa, rodeado dos filhos de Velázquez, alguns dos quais teriam mais ou menos a mesma idade que ele. Com eles vive em "grande estilo".
A perna quebrada
Inácio tinha uma tia freira que, ao saber das correrias e encrencas em que se metia o sobrinho, profetizou-lhe: "Enquanto não quebrares uma perna não mudas de vida, pondo a cabeça no lugar". Mal sabia a boa religiosa que a profecia se havia de cumprir. Iñigo foi ferido por um obuz no cerco de Pamplona e este foi o princípio da mudança fundamental de sua vida.
As tropas francesas e navarras que desejavam devolver o trono a Henrique de Labrit já estavam às portas da cidade, antes mesmo que os partidários de Carlos I tivessem podido reunir forças suficientes para enfrentá-lo. A população entregou-se sem resistência, mas os homens do duque de Nájera, Iñigo entre eles, fecharam-se dentro das muralhas da fortaleza.
A maioria dos sitiados, incluindo o alcaide, ao ver a desproporção das forças, estavam inclinados a se renderem sem lutar. Era simples suicídio fazer frente a um exército muito superior em número e mais bem provido de artilharias. Iñigo, porém, não estava de acordo com essa postura, que lhe parecia desonrosa. Convenceu, pois, seus homens a não capitular.
Os canhões começaram a bombardear a fortaleza em 20 de maio de 1521. Foi nesse ataque de artilharia que uma bala de canhão atingiu Iñigo, quebrando-lhe uma perna e deixando a outra muito ferida. Dia 24 de maio, a fortaleza rendeu-se, depois de graves estragos e rombos nas muralhas e ao ver caído o heróico defensor que jurara lutar até a morte.
Os inimigos reconheceram cavalheirescamente o valor do caçula dos Loyolas e se ocuparam da saúde desse adversário. Mas o estrago nas pernas fora grande; por isso, depois dos primeiros cuidados médicos, aconselharam-lhe que voltasse à sua casa, onde haveria mais facilidades do que numa praça de guerra.
De Pamplona o levaram a Loyola numa padiola. Imagine-se o que terá sido uma viagem dessas! Com os ossos quebrados e deslocados, cada passo ou movimento causavam ao ferido dores insuportáveis.
Foi dolorosa também sua chegada ao castelo. Iñigo regressava muito ferido, derrotado, ainda que mantendo intacta sua honra de cavaleiro. Provavelmente seu irmão Martín não terá deixado de lembrar-lhe que tinha sido um "cabeça dura", ao ficar em Pamplona em vez de optar, como ele e o próprio duque de Nájera, por uma retirada estratégica.
O estado do enfermo piorou. Os médicos aconselharam uma operação para pôr os ossos no lugar, uma vez que estavam deslocados talvez por causa dos trancos da viagem ou porque os médicos de Pamplona não tinham feito bom serviço. Anos mais tarde, Inácio qualificou essa operação de carnificina. Entretanto, deu mostras de grande resistência, não proferiu um só grito, limitando-se a apertar os punhos.
A operação não deu resultado, e Iñigo se viu às portas da morte, chegando a receber os últimos sacramentos. Pensavam todos ser o fim. A má estrela de alguns de seus irmãos mais velhos parecia pesar também sobre ele. Morrer aos trinta anos! Como um fidalgo, sim, valente, e até ambicioso, mas sem realizar nada que salvasse seu nome do esquecimento! Alguns poderão ter pensado: "Bem feito! Ele não fez mais que divertir-se e gozar a vida. Na verdade, não se perde grande coisa!"
A grande transformação
A morte não o levou. Já fora de perigo. Iñigo notou que a perna quebrada ficara mais curta que a outra e com um caroço que sobressaia. Coxo para o resto da vida? Nem pensar! Como poderia montar a cavalo, realizar belas façanhas? Como poderia cortejar a dama dos seus sonhos, sendo um ridículo manquitola?
Para eliminar essa deformidade, Iñigo exigiu e suportou uma segunda operação, não menos dolorosa que a outra. Depois passou meses deitado com molestos curativos e tendo de suportar pesos e outros mecanismos para esticar a perna.
Que faz um doente para passar o tempo de repouso forçado? Fazia todo tipo de planos para o futuro, como ele diz, pensando nas façanhas que realizaria a serviço da sua dama. Sonhava com os meios que usaria para aproximar-se dela, as mesuras, as belas frases e proezas guerreiras que lhe dedicaria.
Mas Iñigo se entedia. Toda a fantasia do mundo não basta. Pede romances de cavalaria para distrair-se; como não os houvesse no castelo, trazem-lhe "Vida de Cristo" de Ludolfo de Saxonia e a "Vida dos Santos").
Começou a leitura de má vontade, para matar o tempo e descobriu, com surpresa, que estava gostando. Notou também que sentia paz e alegria ao fechar tais livros, ao contrário do que acontecia quando cultivava seus sonhos cavaleirescos e guerreiros, que o deixavam triste e frustrado. Essa diferença de humor o deixava perplexo.
Visão de Inácio sobre o Cristo.
Por outro lado, Iñigo tinha visto de perto a foice da morte, o que o fez examinar sua vida passada. É o que sempre acontece com doentes graves, quando têm tempo para pensar.
O balanço não era positivo. Na perspectiva de Deus, ele era um pecador e um mau cristão.
Ao calor de tais sentimentos, suscitados por aquelas leituras piedosas, põe-se a meditar: "Que aconteceria se eu fizesse o que fez São Francisco... e São Domingos?..." Não lhe faltavam audácia nem coragem; isto era indiscutível! Destarte, fez promessa do que lhe parecia mais difícil de realizar; ir a Jerusalém descalço, comer só verduras e submeter-se às mesmas penitências feitas pelos santos, e até maiores.
Seu raciocínio estava cheio de um espírito ingenuamente competitivo: "São Domingos fez isto? Pois eu também farei!" Se um homem foi capaz daquilo, por que não o seria ele? Também neste ponto queria estar entre os primeiros.
Passam os meses de verão e outono; chega o inverno. Pouco a pouco seu coração se volta para Deus. Começa o trabalho de anotar certas passagens dos livros que lia. Põe-se, então, a copiar episódios de vida de Cristo, escrevendo as palavras de Jesus com tinta vermelha e com azul as de Maria.
Copiar, imitar: o propósito que acalenta é assemelhar-se aos santos e, com isto, desponta já uma terna devoção à pessoa de Cristo e à de sua Mãe.
Os irmãos de Iñigo, Martín e Pedro, bem como sua cunhada Madalena, estão preocupados: já não o houvem falar de proezas, amores e glória e, às vezes, surpreendem-no chorando ou totalmente absorto. Quando lhe perguntam o que tem, responde com evasivas.
Em princípios de 1522. Iñigo já está quase restabelecido e anuncia sua partida. Diz que vai a Navarrete encontrar-se com o duque de Nájera, para cobrar uma dívida. A família o vê sair com apreensão... Que estaria tramando o caçula dos Loyolas?...
O velho homem, o capitão, o amigo dos jogadores e das mulheres está morrendo e dando surgimento a um novo Homem, com uma nova resolução: servir a Deus.
O homem do saco
Cavalgando uma mula, com seu irmão Pedro e dois criados, deixou Loyola a caminho do santuário mariano de Aránzazu. Lá, depois de agradecer pela cura, despediu-se de Pedro e tomou o rumo de Navarrete (Rioja), como dissera a sua família. Com o dinheiro do soldo recebido, pagou algumas dívidas pendentes; em seguida despediu os criados e, sozinho, encaminhou-se para Monteserrat.
Iñigo estava decidido a pôr em prática o propósito concebido em Loyola. Havia três peregrinações que um cristão podia empreender: Santiago, Roma e Jerusalém: a última lhe parecia não só a mais custosa, pela distância, mas também a mais perigosa. A Terra Santa estava nas mãos dos turcos infiéis; a situação política era tensa, com perigo de guerra a qualquer momento. Em tais circunstâncias, ir a Jerusalém era um risco certo.
Mas não iria como um nobre, protegido por seu dinheiro e posição social, mas como um peregrino desconhecido. A partir desse momento, ele começa a ocultar sua identidade. Não quer privilégios no trato, deseja começar uma vida nova e, neste empenho, via um empecilho na sua linhagem.
Enquanto ia de Ribeira para Aragão, houve o incidente com o mouro que duvidava da virgindade de Maria. Sua cavalgadura, mais sábia que ele, livra-o de um lance mau. Antes de chegar a Montserrat, (o Mont-Salvat das lendas do Graal), em cuja pendente e a uma altitude de 720 m encontra-se a abadia beneditina fundada em 1030, comprou pano de saco para fazer uma roupa de peregrino, bem tosca e áspera, munindo-se também de um bordão e uma cabaça.
Seja o que Deus quiser
Foi tempestuosa aquela primeira temporada em Manresa. Ele adquirira em Loyola o costume de anotar tudo quanto se passava em seu espírito; começou, então, a perceber, relendo suas notas, que as diversidades de estados de ânimo tinham um significado: Deus estava lhe mostrando, por meio deles, a sua vontade. Havia até certos bons desejos que camuflavam suas resistências a uma conversão sincera e profunda. Outras vezes até os jejuns e penitências atrapalhavam sua oração em vez de ajudá-la.
Iñigo estava fazendo, sem o saber, os seus "Exercícios Espirituais". Mediante a oração e a contemplação dos Evangelhos, ia-se entusiasmando com a pessoa de Jesus, assimilando suas atitudes e conformando toda sua vida com a do Cristo. A experiência daqueles dias, cuidadosamente anotada em um caderno, será o germe dos seus "Exercícios", um dos livros que mais influíram na Igreja. Retificando alguns pontos, acrescentará aqui, cortará ali, mas, naquelas suas notas, já está o método inaciano para encontrar a vontade de Deus e entregar-se à Pessoa de Jesus Cristo.
Um dia, enquanto lia "Horas de Nossa Senhora" em voz alta, nas escadarias da Abadia de Montserrat sua compreensão elevou-se e ele percebeu o mistério da Santíssima Trindade, como uma harmonia musical, na forma de música de órgão. Esta experiência foi tão tocante que o fez chorar.
Em outra ocasião, vivenciou uma onda de grande alegria espiritual, quando compreendeu a forma que Deus usou na criação do Mundo. Viu algo brilhante de onde raios brancos eram emitidos, viu que Deus estava criando Luz. Mas ele não pode explicar o fenômeno.
Um dia os olhos interiores de Inácio, enquanto participava de uma missa na Igreja do Mosteiro, viram o momento em que o corpo do Senhor (a hóstia) era levantado, o que pareciam ser raios de luz, vindos de cima. Isto foi interpretado por ele como sendo a presença de Cristo.
A nova vida de Inácio
Depois das experiências de Manresa e Jerusalém Inácio deu inicio aos estudos avançados que culminaram com o recebimento do título de Mestre pela Universidade de Paris em 1534.
Em 1539 Inácio e seus seguidores decidem formar uma nova Ordem.
O Papa aprova o plano,resultando no estabelecimento da "Companhia de Jesus".
No dia 15 de Agosto de 1534, Santo Inácio e seis companheiros (Pedro Fabro, Francisco Xavier, Afonso Salmerón, Diogo Lainez, Nicolau Bobadilla e Simão Rodrigues) fizeram na Igrejinha dos Mártires de Montmartre, os votos de "pobreza, castidade e obediência". Pedro Fabro o único sacerdote do grupo celebrou a Eucaristia, durante a qual foram emitidos os votos. Em Janeiro de 1537, Inácio encontra de novo seus seis companheiros em Veneza. Enquanto esperavam a partida do navio dos peregrinos para Jerusalém trabalharam no hospital de Veneza.
Em 24 de Junho de 1537 recebe a ordenação sacerdotal em Veneza. Em fins de Setembro do mesmo ano teve de reconhecer que a desejada peregrinação à Terra Santa se tornara impossível, por causa da guerra entre Veneza e os Turcos. Por isso, determinou-se a ir a Roma, juntamente com Fabro e Lainez, para colocar-se à disposição do Papa. A fins de Outubro de 1537, os peregrinos da Companhia de Jesus entravam na cidade papal de Roma.
Um pouco antes de chegar em Roma, na capela de la Storta, Santo Inácio estando em oração, teve uma visão da Santíssima Trindade e ouviu do Pai estas palavras: "Eu vos serei propício em Roma", Santo Inácio ouviu ainda como o Pai dizia a Cristo: "Quero que tomes este ao teu serviço".
Em 1539 Inácio e seus seguidores decidem formar uma nova Ordem. O Papa aprova o plano, resultando no estabelecimento da "Companhia de Jesus" (os jesuítas).
Desde Fevereiro de 1541, a nova Ordem viveu numa casa ao lado da Igreja de Santa Maria degli Astalli. Em 1544, nesse mesmo lugar, foi construída a antiga casa professa, na qual Santo Inácio recebeu três pequenos quartos.
Manteve o posto de geral dos jesuítas até 1552. Serviu durante o tempo em que houve uma grande expansão mundial da Companhia. Foi nesse período que completou a Constituição da Ordem.
Inácio morreu em 31 de julho de 1556.
• Em 1622 a Igreja Católica o declarou Santo










sexta-feira, 7 de agosto de 2009

ATENAS: OLIGARQUIA, TIRANIA E DEMOCRACIA ESCRAVISTA

A cidade-estado de Atenas está situada na península da Ática, ocupada pelos jônios desde o século X a.C.. No início do período arcaíco (século VIII a.C.), sua população livre estava assim dividida: os eupátridas, de origem gentílica, grandes proprietários de terras trabalhadas por escravos; os georgói, pequenos proprietários de terras, trabalhadas por eles mesmos; os demiurgos, trabalhadores livres como artesãos, comerciantes, proprietários de pequenas oficinas, médicos, advinhos, professores. As duas últimas classes formavam o “demos”, o povo. Com o desenvolvimento da colonização e das trocas, um grande número de estrangeiros – os metecos – fixou-se em Atenas, dedicando-se principalmente ao comércio.
Nessa época, Atenas constituía uma oligarquia, governada pelos eupátridas, reunidos num conselho de nobre – o Areópado – que escolhia os Magistrados, denominados Arcontes. Os Arcontes, em número de nove, eram eleitos por um período de um ano. O principal era o Arconte-Epônimo, com funções administrativas; o Arconte-Basileu tinha funções religiosas; o Arconte-Polemarco exercia funções militares e os Tesmotetas, em número de seis, cuidavam da Justiça. Os camponeses (georgói), os artesãos (demiurgos), os estrangeiros (metecos) e os escravos não possuíam qualquer poder político.
Em Atenas, assim como nas demais cidades gregas, a base da vida econômica era a terra, que pertencia aos eupátridas e aos georgói, sendo o trabalho escravo muito utilizado, principalmente pelos primeiros. Nos séculos VIII e VII a.C., tornou-se comum a escravização de cidadãos atenienses, geralmente pequenos proprietários que não conseguiam produção suficiente para o sustento familiar e se endividavam em grãos e ferramentas junto às famílias ricas. Progressivamente, os eupátridas aumentavam suas propriedades, incorporando as terras dos devedores que não conseguiam saldar seus compromissos e transformando-os em escravos.
Essa situação trazia grande insatisfação, gerando lutas entre a aristocracia agrária e as classes populares, que se estenderam por todo o século VII a.C. e que resultaram em reformas no governo oligárquico de Atenas.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

CÊRA DE CARNAÚBA


A CÊRA DE CARNAÚBA

Por Marc Theophile Jacob

A Cêra de Carnaúba é uma cêra vegetal obtida a partir da extração e processamento do pó cerífero das palhas da palmeira denominada Carnaubeira ou Carnaúba (Copernicia prunifera Mill.).

A Carnaubeira é uma palmeira nativa que cresce nos grandes vales dos Estados do Piauí e do Ceará e, também, em menor extensão nos Estados do Rio Grande do Norte e do Maranhão. Existem 13 espécies do gênero, todas ocorrendo na América Latina, porem somente a variedade encontrada do Brasil produz o pó cerífero. Resistente à pequena precipitação pluviométrica, embora vicejando em áreas mais “frescas” e molhadas por mais largo espaço de tempo durante os períodos de chuvas da região, a Carnaubeira não é exigente de tratos culturais e pode ser compatível com outras atividades agro-pastoris. Estima-se que entre as folhas jovens, ainda não abertas, chamadas de “olhos” ou “espadas”, além de outras designações, e as folhas adultas, abertas, coleta-se em média 60 folhas por palmeira por corte. Entende-se por “corte”, a atividade levada a efeito uma ou duas vezes por ano onde, de forma sistemática, são cortadas as folhas das carnaubeiras, deixando-se pelo menos 3 a 5 olhos.

O período de corte principia 30 dias após o término do período de chuvas, quando o terreno nos carnaubais já está seco e as palhas adultas apresentam-se maduras e com bom teor de pó e se estende até o mês de dezembro, dependendo a paralisação dos trabalhos de coleta, do início do novo período de chuvas na região.

Considerada, apenas a produção final em cêra refinada, como utilizada pelas industrias que a utilizam, a produção média de cêra de carnaúba por palha coletada, é de 3,3 gramas. Um programa em fase de propagação do uso de estufas especiais para a secagem das palhas promete dobrar esse rendimento em teor de cêra final. As exportações anuais atingem, uma média 15.000 toneladas e o consumo interno é estimado ser de 2.500 toneladas. Portanto, 17.500 a 18.000 tons./ano.

As palhas secas e já desprovidas da quase totalidade do pó cerífero que as recobria, não são ainda aproveitadas, embora haja estudos em curso visando o aproveitamento da celulose e da lignina. O teor de celulose contido nas palhas da carnaubeira oscila entre 26 e 33%, a depender do tempo de cozimento, quantidade e natureza do álcali empregado. Tendo em conta a produção em gramas de cêra por palha, a produção anual de cêra, e o peso médio das palhas secas da carnaubeira chega-se a uma estimativa de que são cortadas anualmente 5 bilhões de palhas a um peso total de 1.600 mil toneladas de matéria prima para uma eventual produção de celulose. Neste sentido apresentamos um trabalho à consideração da 3a. Conferencia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação ocorrida em outubro do ano passado em Brasília.

O valor total das exportações de cêra de carnaúba mais o consumo interno (em dólares) é de aproximadamente 38 milhões de dólares; já a utilização da metade da matéria prima disponível para a produção de celulose de fibra curta resultaria em 240 mil toneladas de celulose que ao preço atual de US$ 580.00/ton. Produziriam 140 milhões de dólares... quatro vezes mais do que o valor atual da cêra produzida, que entretanto poderá aumentar rapidamente pelas melhorias do processo de secagem da palha como vimos propondo, há anos.

Mais de 85% da cêra de carnaúba se compõe de ésteres de ácidos graxos, além de pequenas porcentagens de ácidos graxos livres, de álcoois livres, além de pequena quantidade de resinas e hidrocarbonos.

A cêra é uma cêra dura e de alto ponto de fusão (83o.-85o.C). O uso tradicional mais importante para a cêra de carnaúba era para polimentos em geral, tendo essa aplicação evoluído, tanto no uso de graxas industriais permanentes como no emprego de emulsões de diversos tipos para as mais diversas aplicações; outras características físico-químicas da cêra de carnaúba respondem pelo o seu largo emprego em eletrônica (chips e transistores) e no setor de informática, tanto na área de reprodução das informações como na de produção de hardwares. Corolário dessa informação é o crescimento do consumo da cêra de carnaúba no Japão, que de 1.700 tons/ano em 1993 atingiu 3.600 em 2001; caiu um pouco nos anos seguintes devido à crise ocorrida naquele país que já em 2004 importou 2.700 toneladas, mesmo assim, um incremento formidável, em um mercado até aqui, considerado maduro.

A propalada escassez vindoura do petróleo abre grandes novas perspectivas para a cêra de carnaúba pois os polímeros derivados do petróleo tratados até aqui como subprodutos, passarão cada vez mais a ser considerados como produtos principais na formação dos custos e preços de venda, pelo que, como já vem ocorrendo atualmente, tenderão a ter seus preços sensivelmente aumentados. Como a cêra entra em muitas formulações onde os polímeros também se incluem, pode-se esperar que ela venha a ter maior participação nessas fórmulas. Daí a necessidade de promover-se um aumento de sua produção.

Seja para usos nos setores onde a cêra já é utilizada, onde uma demanda mais específica exigirá a produção de tipos especiais de cêras (baixo teor de bolhas de ar na cêra, baixo teor de cinzas, índice de acides controlado e baixo, teores mais definidos de índices de saponificação e outras cêras para usos especiais), seja para fins não contemplados atualmente que abrirão, entretanto, largas perspectivas para a cêra de carnaúba, é de esperar-se uma impulsão do produto a exigir aumento de capacitação científica e tecnológica dos participantes do setor.

A PVP S.A. e a Tropical Cêras do Brasil Ltda., sua coligada, produzem todos os tipos de cêra de carnaúba, detendo, inclusive, patente de processo exclusivo de fabricação. Disponibilizamos também tipos especiais de cêras e desenvolvemos pesquisas continuadamente.
Há anos desenvolvemos e fizemos demonstrações de um secador de palhas de carnaúba construído com a utilização de plástico flexível nas laterais, e plástico transparente rígido na cobertura. O emprego de tais secadores onde a palha é seca em menos de 24 horas resultará numa produção de um pó cerífero com cerca de 6% de impurezas, apenas e um rendimento em cera final de 94% calculada a porcentagem sôbre o pó processado. Como o rendimento do pó por palha passa de uma média de 5,5 gramas de pó para 7.8 gramas de um pó bem mais limpo, obtem-se um ganho de cera final de 100% sôbre o que era obtido com a secagem ao sol como habitualmente se processa. Ainda no governo do atual Senador “Mão Santa”, foram construídos dois secadores experimentais e analisados os resultado por professores da Universidade Federal do Piauí, que confirmam os ganhos anteriormente referidos, no relatório que apresentaram. Plantas de secadores para 10 e 20 milheiros de palhas por dia estão disponibilizados por nós, para quem se interessar. O custo do secador pequeno deverá situar-se em torno de 5 a 6 mil Reais e o do maior em 8 a 10 mil Reais. O Governo do Estado do Ceará estará construindo neste ano 12 secadores dos grandes e, parece que o Estado do Piauí também começa a desenvolver gestões para a construção de Secadores no nosso Estado.

Os mesmos secadores poderão ser utilizados para a secagem de grãos que sejam depositados em bandejas para que o ar passe através deles. Também poderá secar palha moída no caso de se conseguir desenvolver um processo para a obtenção de celulose em duas etapas, uma a ser realizada no campo e outra a ser realizada em grandes unidades industriais. O interesse em dividir o processo é pelo teor de proteína que a palha tem e que se dividirmos a operação ficará no campo, nos resíduos orgânicos separados da parte fibrosa. Dados antigos indicavam ser o teor de proteína na palha de 17% entretanto técnicos da Secretaria de Agricultura do Estado do Ceará informam só haver determinado um teor de 8%. Ora como a parte celulósica da palha representa 30% do peso da folha, os 17% se tornarão mais de 20% no bagaço e os 8% mais de 10. Portanto muito útil à alimentação do rebanho animal da região.

Com perseverança e determinação estaremos dando início a uma nova etapa na produção dos produtos da carnaubeira os quais serão capazes de dar ao nosso produtor rural uma estrutura que até aqui não conseguiu ter.